sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ferrari F40 LM / GT / GTE - Parte II

Em 1993 a F40 GT foi apresentada para competir no Campeonato Italiano de Granturismo, também com preparação da Michelotto (sempre com apoio "informal" da Ferrari). As idéias básicas são as mesmas da F40 LM (mais potência e menos peso), mas devido a restrições nas regras o carro saiu tão diferente da LM que resolveram dar esse novo nome de F40 GT. Ambas compartilham a mesma suspensão e freio, mas o motor é diferente (na GT é baseado no 3.0 biturbo original da F40, com modificações na pressão da turbina e no sistema de escape).
 
F40 GT
Mais tarde, graças ao campeonato BPR para carros de GT, nasceu a F40 GTE (ou F40 LM GTE), também "filha bastarda" da Ferrari e mais um fruto do relacionamento com a Michelotto. O chassi foi reforçado com carbono, também foram instaladas barras estabilizadoras mais grossas e firmes. Posteriormente vieram bitolas alargadas em 5 cm na frente e 2,5 cm na traseira, além de freios maiores e novas rodas.

F40 GT
As GTE contavam com três alternativas de motores que podiam ser escolhidos de acordo com a pista em que o carro fosse competir. Um motor de 3.0 litros para pistas com pouco consumo de combustível, como Monza. Um 3.5 para circuitos intermediários e um 3.6 para Le Mans. Embora fossem baseados nos motores Tipo F120B, as usinas de força das GTE foram inteiramente reconstruídas, com a cilindrada sendo aumentada em todos eles, para se ter idéia no motor 3.0 a potência ia de 660 bhp com os restritores de ar instalados, até 800 bhp na versão sem os restritores. Porém, esta potência não é devido somente ao aumento da cilindrada, mas também pela nova central eletrônica remapeada para a melhor performance.
 
F40 GTE
As GTE de 1995 usavam o câmbio seqüencial de seis marchas da Ferrari 333SP, enquanto a maioria, baseadas versão LM usavam uma caixa normal de 5 marchas. A carroceria permaneceu quase intocada durante o primeiro ano enquanto o interior foi resumido ao mínimo de componentes, como seria esperado. Em 1996, as GTE (às vezes mencionadas como GTE II) tiveram um upgrade em várias partes. Havia um novo câmbio seqüencial de 6 marchas X-Trac, junto com freios e embreagem de carbono. Visualmente a única mudança era o novo aerofólio traseiro feito em uma única peça.
Somente 6 GTE's foram construídas, todas feitas pela Michelloto, uma em 1994, três em 1995, outra em 1996 e a última unidade em 1998. Quatro participaram de corridas, todas foram adaptadas de acordo com os regulamentos em vigência nos anos que competiram. Em campeonatos com corridas de curta e média duração a GTE obteve grande sucesso, superando muitas vezes carros mais modernos como o McLaren F1 GTR (sim, F40 owns McLaren F1 hehehehe). Mas problemas de confiabilidade comprometeram seu desempenho em provas de longa duração como as 24h de Le Mans, obtendo apenas o 12o lugar nessa prova em 1995 (6o lugar na categoria).

F40GTE

No final de 1996 as F40 se aposentaram definitivamente das pistas, com um currículo de 4 vitórias e 13 pódios entre 1994 e 1996 e ainda hoje figuram entre os carros de corrida mais belos da história.

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