sexta-feira, 12 de março de 2010

Ferrari F50 - Motor


 
Uma das partes mais aclamadas do Projeto F50 é o seu motor, que é derivado da Formula 1. Mais especificamente esse motor se baseia no propulsor V12 de 3,5 litros que equipou os carros de Prost e Mansell na temporada de 1990. Porém há poucas semelhanças com este. Da Fórmula 1, a versão de rua usou o mesmo ângulo entre as fileiras de cilindros (65º), a mesma configuração de 5 válvulas por cilindros e conservou o comprimento do bloco, no entanto, todo o resto é diferente

  

E tinha que ser assim – embora a F50 seja um carro superlativo, a necessidade de trocar o motor a cada 300 quilômetros ou menos, como num carro de F1, seria no mínimo ridícula. Porém alguns materiais exóticos que eram usados nas competições tiveram vez na produção do motor de rua, principalmente o Titânio, que foi utilizado em algumas partes internas – nas bielas, por exemplo. A cilindrada foi aumentada pra 4,7 litros – para poder se ganhar mais torque – e o limite de giros foi reduzido para 8 700 rpm, quase metade das 14 000 rpm alcançadas pelos F1 na época. No caso das pistas, válvulas com molas pneumáticas tornavam essa alta rotação possível, mas elas não eram confiáveis o suficiente para serem usadas (e freqüentemente eram apontadas como as causadoras dos problemas nos GP’s ). Por isso foram substituídas por molas de aço no motor que saiu às ruas.

 

O bloco é feito de ferro fundido e logo atrás dele há um reservatório de óleo feito em magnésio e a caixa de câmbio longitudinal. O reservatório de óleo possui estruturas que permitem a fixação da suspensão traseira e é parte integral do sistema de cárter seco do motor. 

Dentro de cada câmara de combustão existem cinco válvulas – três de admissão e duas de exaustão. A Ferrari também utilizou essa configuração nas F355. A idéia é de que válvulas pequenas permitem uma alta velocidade de flutuação. No caso da F50, as válvulas podem trabalhar perfeitamente até 10 000 rpm. O motor, que possui o código F 130 (derivado da F1), está em posição longitudinal o cabeçote é de em liga leve as camisas dos cilindros são revestidas de Nikasil, e os pistões foram fabricados pela Mahle em liga de alumínio forjado. Com potência específica de 109.2 cv/litro,na época, ele se tornou o recordista nesse quesito para carros com motor sem sobrealimentação, superando outra Ferrari, a F355.

  

O motor foi montado diretamente no monocoque de fibra de carbono – possuindo um papel estrutural, uma vez que suporta a suspensão traseira e a caixa de câmbio- isto porém causou alguns problemas, visto que a fibra de carbono é uma grande transmissora de ruídos e vibrações. Para um piloto de Fórmula 1 é normal usar capacetes e protetores de ouvidos, mas a Ferrari não podia exigir isso dos donos da F50. Algumas modificações foram feitas, mesmo assim o motor ficou barulhento – então a Ferrari usou esse “inconveniente” como apelo de venda.

Outras Especificações:

Diâmetro x Curso:  85mm x69 mm
Cilindrada unitária e total: 391,6 cm³ /4 698 cm³  
Taxa de Compressão: 11,3 : 1
Potência Máxima: 520 cv a 8 500 rpm
Torque máximo: 48 Kgm a 6 500 rpm ou (471 Nm ou 347 lbs ft) 
Alimentação: Sistema de injeção Bosch Motronic 2.7
Ignição: Eletrônica Bosch Static
Lubrificação: Forçada - circuito de 11.5 litros
Refrigeração: Forçada a água - 2 ventiladores elétricos automáticos - circuito de 20 litros
Peso do motor à seco: 198 kg (436.5 lbs)


Fonte: Unknown


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Um comentário:

Anônimo disse...

Sensacional o post. Parabéns Delfino!
Abraços