quinta-feira, 1 de maio de 2008

Ferrari 250 Le Mans


No início da década de 1960, a Ferrari dominava as corridas com a 250 GTO de motor dianteiro, mas esta foi superada por novos modelos com motor central. Porém, a casa de Maranello reagiu rapidamente e lançou a 250 LM em 1963.

A 250 LM tinha como base a 250 P, tricampeã em Le Mans, que foi o primeiro modelo da Ferrari que a utilizar o motor central em vez de ser colocado na frente do carro, como era costume na Scuderia. Desenhada por Pininfarina, que usou um modelo de madeira em escala num túnel de vento, de modo a refinar o design do carro, a 250 LM foi construída por Scaglietti e exibia um teto de linhas retas, alongado e sem janelas depois das portas, contrastando com o restante arredondado. Internamente, ostentava um chassi de aço ainda mais resistente.

Na verdade, ela nem deveria se chamar “250 LM”. Somente o primeiro protótipo usava um propulsor de 3 000 cm³ que a enquadraria como uma “250”. Todas as outras usavam um V12 com 3 300 cm³, o que as tornavam “275 LM”. Porém, a Ferrari manteve a nomenclatura de sua antecessora por razões comerciais e de homologação.

Assim como tinha feito com a 250 GTO, Enzo Ferrari tentou homologar a 250 LM para a classe GT de 3 litros. No seu pensamento, ela era mais uma Ferrari 250, o desenho de seu teto, inclusive, era similar aos da 250 GTO da Serie II. Porém, dessa vez a FIA não se deixou enganar e exigiu o mínimo de 100 unidades produzidas para poder homologar o carro. Como só foram feitas 32 unidades, a LM só foi aceita na categoria protótipo, o que a obrigou competir contra adversários mais sofisticados.


A 250 LM estreou na temporada de 1964 e participou de 35 corridas, das quais foi a vencedora em 10 ocasiões. Entre elas: as 24 Horas de Le Mans de 1965, a Copa Inter Europa, 9 Horas de Kyalami, 12 Horas de Reims, Elkhart Lake 500, 500 Quilômetros de Spa, Targa Florio e 12 Horas de Surfers Paradise.

Em 1965, quando sua defasagem tecnológica poderia se evidenciar, frente a protótipos mais novos, a 250 LM emplacou uma dobradinha em Le Mans. Ambos os carros corriam por equipes particulares. O primeiro colocado era da equipe North American Racing Team de Luigi Chinetti, e foi pilotada por Masten Gregory e Jochen Rindt. O Segundo lugar ficou com os franceses Pierre Dumay e Taf Gosselin. Essa foi a última vitória da Ferrari na competição.


Freqüentemente é apontada como sendo mais confiável do que as rápidas, porém delicadas Ferrari da série P. A 250 LM as derrotou em 1964, nas 12 horas de Reims e também em Le Mans no ano seguinte. Em 1966, chegou entre as 10 primeiras em cinco ocasiões e ainda obteve vitórias no ano de 1967.

Oficialmente apenas 32 unidades foram construídas, mas é fato que hoje em dia há mais 250 LM do que aquelas que saíram da fábrica. Muitas réplicas foram construídas e a confusão que existe à volta deste modelo da Ferrari se junta ao fato de os números de série originais terem sido utilizados também nas réplicas. Atualmente, a 250 LM é muito valiosa e seu preço varia entre US$ 2,5 milhões e US$ 5,5 milhões.

Nada justificava a insistência do Comendador de que ela era um carro de Grã turismo. Porém, em 1965, Pininfarina mostrou uma Ferrari 250 LM Berlinetta Speciale (chassis 6025 GT). Mostrada no Salão de Nova York, esta adorada máquina apresentava na traseira um vidro estilo fastback e um confortável interior. Essa unidade foi pintada nas cores da NART, banca com faixas azuis.

Baseado nos sites www.supercars.net e http://www.howstuffworks.com/
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